sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Francisco da Costa Gomes (Chaves, 30 de Junho de 1914 – Lisboa, 31 de Julho de 2001)


Presidente da República entre: 30 de Setembro de 1974 e 27 de Junho de 1976

Militar e ex-presidente da República Portuguesa, Francisco da Costa Gomes, lienciou-se em Matemática na universidade do Porto em 1944. Em 1948 ingressou no corpo do Estado-Maior, tendo prestados serviço em diversos organismos da Nato. Em 1974, após o triunfo da revolução de Abril, aparece como membro da Junta de Salvação Nacional, a quem o poder foi entregue pelos militares organizadores do golpe.
Militar com longa carreira, fora secretário de Estado num governo de Salazar (1958-1961), tendo sido destituído devido à sua participação no golpe de Estado falhado do general Botelho Moniz. A sua carreira militar decorrera em grande parte nas colónias em guerra (Moçambique e Angola), em funções de comando e direcção, após o que assume o cargo de chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, em 1973. É no exercício destas funções que autoriza a publicação do livro em que o general António de Spínola defende a opção política para pôr termo à guerra, circunstância que acarreta a demissão de ambos.
Quando, em 18 de Setembro de 1974, Spínola tenta um golpe de força com a finalidade de impedir a radicalização da revolução e se vê forçado a abandonar os cargos que detinha, Costa Gomes assume a Presidência da República. O período que se segue será marcado pelo entrecruzar de linhas políticas antagónicas, que colocam o país, nalguns momentos mais delicados, à beira da guerra civil. Costa Gomes realiza equilíbrios sucessivos entre as forças em conflito, particularmente entre o golpe spinolista de 11 de Março de 1975 e o golpe de 25 de Novembro, em que as forças esquerdistas são arredadas do poder, tendo muito provavelmente a sua mediação e negociação constantes impedido o estalar do conflito.
Será durante o seu mandato (1974-1976) que se concluirá o processo de independência das colónias e será aprovada a Constituição da República, após o que se procede a eleições livres, que levam à Presidência o general António Ramalho Eanes. Costa Gomes passará à reserva e virá a ser promovido a marechal em 1981, juntamente com Spínola.

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